
Iniciamos o nosso trekking em Simatai, a nordeste de Pequim. Aqui, a muralha mantém o traçado genuíno e original embora tenha sido parcialmente restaurada. O percurso é íngreme, com subidas e descidas perigosas. Durante quatro horas percorremos a muralha em direcção a Jingshanling.

A Grande Muralha é o símbolo do isolamento e da fragilidade da China. A muralha serpenteia, por 7 mil quilómetros, o norte do país e atravessa desertos, colinas e planícies. A muralha original foi mandada construir pelo primeiro imperador chinês, na dinastia Qin, após a unificação da China. Nesta altura, a muralha não passava de um aglomerado de muros de terra batida. Posteriormente, foi reconstruída em várias dinastias transformando-se numa fortaleza imponente.

Na muralha existem duas paredes exteriores construidas com tijolo cozido e unido por uma argamassa de cal e arroz glutinoso. No interior destas paredes existe uma camada inferior constituida por rochas grandes, sobre a qual assenta uma camada de rochas mais pequenas e depois uma camada de terra e cascalho prensado. O cimo, que corresponde ao passeio, é uma camada feita em pedra, lajes e tijolos. De um dos lados exibe um parapeito de ameias que permitia aos soldados protegerem-se durante os ataques invasores.Etiquetas: China