Por sua vez, a linhagem espiritual mais importante da Mongolia (de nome Bogd Gegen) teve inicio quando, em 1546, uma crianca de cinco anos, nascida na Mongolia, foi reconhecida como sendo a reencarnacao de um santo. Essa crianca viajou para o Tibete, onde foi ensinada pelos melhores mestres, tendo regressado mais tarde ao seu pais para expandir o Budismo. Este primeiro Bogd Gegen, de nome Zanazabar, foi um mestre na arte da escultura em bronze e pintura, sendo que algumas das suas obras estao em exposicao em museus de Ulaan Baatar. Esta linhagem acabou quando, nos tempos turbulentos que se seguiram a revolucao bolchevique, a Mongolia passou a ser controlada pela Russia, sendo que o ultimo chefe espiritual e politico (Bogd Khan) morreu em 1924. Nos anos trinta, durante as purgas de Estaline, o Budismo na Mongolia sofreu o seu mais rude golpe, quando foram sistematicamente destruidos quase todos os mosteiros do pais, sendo os monges mortos ou enviados para a Siberia. So apos a desagregacao da URSS, e subsequentes eleicoes livres na Mongolia, e que foi possivel a reconstrucao de alguns mosteiros com monges residentes, processo que continua ainda hoje.
Visitamos, em Ulaan Baatar, dois complexos de mosteiros bastantes diferentes. O primeiro (fundado em 1838 e fortemente destruido em 1937), de nome Gandan Khiid, e o mais importante do pais e consiste em mosteiros reconstruidos a partir de meados dos anos noventa. Tem uma populacao residente de mais de 600 monges e e possivel aos visitantes assistirem as cerimonias matinais, Nao era possivel tirar fotos dentro dos templos mas a Carla la arranjou maneira de tirar uma!